CHEGA DE SILÊNCIO

CHEGA DE SILÊNCIO

A Rede Hospitalar do SUS rompe o silêncio para expor a maior crise financeira que Hospitais Filantrópicos e Santas Casas enfrentam em todo o País.

A iniciativa faz parte de um movimento promovido pela CMB (Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos), que tem como objetivo alertar a sociedade civil e o poder público sobre “a maior crise financeira enfrentada pelo setor filantrópico”, segundo a CMB.

A dívida já chega a mais de 20 bilhões de reais

Segundo um levantamento da CMB, em função do nível de endividamento e do subfinanciamento do Sistema Único de Saúde, nos últimos seis anos, 315 hospitais filantrópicos tiveram que fechar as portas no país. A situação se agravou durante a pandemia de Covid-19, que elevou a demanda e aumentou consideravelmente os custos dos hospitais, com os constantes aumentos de medicações e materiais médicos hospitalares, fazendo com que a dívida do setor ultrapasse os R$ 20 bilhões.

No Paraná, existem 147 hospitais filantrópicos, responsáveis por 54% de todos os atendimentos do SUS no Estado e mais de 70% dos atendimentos SUS de alta complexidade.

Em maio do ano passado, o Governo Federal anunciou um aporte emergencial de R$ 2 bilhões para os hospitais da rede SUS. Dinheiro que, até o momento, não foi repassado. Dados da CMB apontam que, desde o início do plano real, em 1994, a tabela SUS e seus incentivos foram reajustados, em média, em 93,77%. Enquanto isso, o INPC (Índice de Preços no Consumidor) foi em 636,07%, o salário-mínimo em 1.597,79% e o gás de cozinha em 2.415,94%. O presidente da FEMIPA afirma que isso representa, por ano, um acúmulo de R$ 10 bilhões de defasagem para os hospitais.

Mais de 1.800 Santas Casas e hospitais filantrópicos no país prometem paralisar atendimentos eletivos durante 24 horas nesta terça-feira (19), em protesto por recursos emergenciais.

 

O Instituto São José se une aos Hospitais Filantrópicos e Santas Casas do Paraná e do Brasil nessa justa manifestação.

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