O Instituto São José se une a inúmeras instituições de saúde nessa importante campanha de conscientização de doação de medula óssea para salvar vidas.
A semana de 14 a 21 de dezembro foi instituída pela Lei nº 11.930/2009 e promove ações de esclarecimento e incentivo à doação de medula óssea e a captação de doadores, afim de aumentar os cadastros de doadores ativos.
É essencial e de extrema importância a doação de medula óssea para salvar vidas e para isso, é necessário também relembrar sobre o armazenamento de dados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea – REDOME.
Para reunir as informações (nome, endereço, resultados de exames, características genéticas) de pessoas que se dispõem a doar medula para o transplante, foi criado, em 1993, o REDOME, coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) desde 1998. Assim, com as informações do receptor que não disponha de doador aparentado, busca-se no REDOME um doador cadastrado que seja compatível com ele e, se encontrado, articula-se a doação.
Com base nas leis da genética, as chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos (mesmo pai e mesma mãe) é de 25%, enquanto que, entre indivíduos não aparentados, é, em média, de 1 em 100 mil.
O QUE É A MEDULA ÓSSEA?
A medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso que ocupa as cavidades dos ossos. E é exatamente na medula óssea que são produzidos os componentes do sangue, como: leucócitos (glóbulos brancos), hemácias (glóbulos vermelhos) e plaquetas.
QUEM NECESSITA DE DOAÇÃO?
Pessoas em tratamento de doenças relacionadas com a fabricação de células do sangue e com deficiências no sistema imunológico podem ter o transplante como única esperança de cura. As principais são leucemias originárias das células da medula óssea, linfomas, doenças originadas do sistema imune em geral, dos gânglios e do baço, e anemias graves (adquiridas ou congênitas), dentre outras.
O QUE É NECESSÁRIO PARA REALIZAR O TRANSPLANTE?
Para que se realize o transplante de medula é necessário haver uma total compatibilidade entre doador e receptor. Caso contrário, a medula será rejeitada. A análise de compatibilidade é realizada por meio de testes laboratoriais específicos, a partir de amostras de sangue do doador e do receptor, chamados de exames de histocompatibilidade.
QUEM PODE DOAR?
Há alguns critérios definidos pelo Ministério da Saúde para o processo de doação de medula óssea, como:
– Ter entre 18 e 55 anos de idade
– Estar em bom estado de saúde
– Preencher uma ficha com informações pessoais e coletar uma amostra de sangue com cinco ml para testes de compatibilidade.
As informações pessoais são inseridas no banco de dados REDOME e o cadastro ficará ativo até os 60 anos de idade do doador.
Antes da doação, o doador faz um rigoroso exame clínico incluindo exames complementares para confirmar o seu estado de saúde. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação.
QUAIS OS PROCEDIMENTOS PARA A DOAÇÃO?
Há dois tipos de procedimento para a doação e a escolha do mais adequado é feita pelo médico:
– Procedimento I: O doador passará por internação hospitalar e será anestesiado em centro cirúrgico. A medula é retirada do interior dos ossos da bacia por meio de punções (pequenas perfurações feitas com agulha). Serão retirados aproximadamente de 500 a 700 ml da medula. Os doadores retornam às suas atividades habituais cerca de uma a duas semanas após a doação. O tempo mínimo de internação hospitalar é de 24 horas.
– Procedimento II: A coleta das células-tronco hematopoiéticas será feita diretamente do sangue periférico e para isso o doador recebe algumas doses de medicação injetável que estimula a migração destas células da medula para o sangue, permitindo sua retirada por meio do procedimento de aférese (doação automatizada), através de uma punção venosa, parecido com o processo de doação de sangue. Neste caso, não há necessidade de internação nem de anestesia, sendo todos os procedimentos feitos por via sanguínea.
A medula óssea do doador se recompõe em apenas 15 dias.
A chance de se identificar um doador compatível, no Brasil, na fase preliminar da busca é de até 88%, e ao final do processo, 64% dos pacientes têm um doador compatível confirmado.
Torne-se um doador de medula óssea! Cadastre-se no REDOME!
Fontes:
Instituto Nacional de Câncer (INCA)
Ministério da Saúde
Secretaria da Saúde do Tocantins
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios